Decorreu no dia 23 de novembro a Assembleia Geral da Associação de Educação Física e Desportiva, como é habitual para o balanço do que foi o período entre 1 de setembro de 2019 e 31 de agosto de 2020. Num ano atípico em que, à semelhança de outras entidades, a associação teve de encerrar as suas portas durante cerca de 2 meses e meio, a expectativa sobre os resultados contabilísticos era muita. De facto, a associação viu-se obrigada a suspender as atividades a partir de 16 de março 2020, e a solicitar layoff total e/ou parcial para a maioria dos seus trabalhadores a partir de abril e durante 3 meses.
O futuro incerto e restrições implementadas obrigaram a que muitos dos seus eventos tivessem sido cancelados, como é o caso da Gala Mens Sana In Corpore Sano, a Gimnoeste e, inclusive, os jogos e competições dos inscritos nas várias modalidades desportivas. Com um início de época marcado pela realização do Campeonato Europeu sub17 de Hóquei em Patins, inauguração do seu pavilhão renovado, que envolveu um investimento superior a 200 mil euros, e as muitas iniciativas levadas a cabo pela Escola de Música da Física Luís António Maldonado Rodrigues, a Física preparava-se para uma grande época. Na área da Saúde, os dois polos de fisioterapia, na sede em Torres Vedras e na Silveira, permaneciam como uma boa e forte aposta da direção, dada a crescente procura deste serviço, a que cerca de 320 utentes recorrem diariamente. Infelizmente, devido à pandemia, tudo se alterou.
No entanto, mesmo de portas fechadas, a associação conseguiu manter-se próxima dos seus sócios, incentivando-os a praticar exercício físico de modo criativo e orientado pelos treinadores que nunca deixaram de estar disponíveis para os seus alunos. Conseguiu ainda manter-se solidária e colaborante com outras entidades para a realização de colheitas de sangue e chegou a acolher os profissionais de saúde que trabalharam na linha da frente no Centro Hospitalar de Torres Vedras.
Foi nesta realidade que a Física apresentou pelo 4º ano consecutivo resultados positivos e conseguiu diminuir o seu passivo em cerca de 300 mil euros. Só uma gestão rigorosa em contexto de crise, que contou desde a primeira hora com a compreensão dos colaboradores, utentes, sócios, atletas e treinadores, permitiu atingir os resultados apresentados, assegurando que não estejam em dívida valores à Administração Fiscal, Centro Regional de Segurança Social, nem a quaisquer outras entidades públicas, honrando todos os compromissos financeiros, como refere o relatório apresentado.
É o 4º ano consecutivo que a Física apresenta resultados positivos, mantendo a sua intenção de assegurar todos os compromissos financeiros. Em Assembleia, e como consta no seu Parecer ao Relatório e Contas, agora aprovado por unanimidade, o Conselho Fiscal da associação “...reconhece, uma vez mais, o enorme esforço que tem sido feito por esta Direção para estabilizar económica e financeiramente a Associação”, o que lhes valeu um voto de reconhecimento deste órgão social da A.E.F.D.
No final desta Assembleia Geral, pautada por uma postura serena e confiante na capacidade da Física e de Torres Vedras superarem as adversidades, a Direção fez questão de agradecer aos seus patrocinadores e mecenas, sócios, fornecedores, parceiros institucionais, entidades bancárias e aos seus colaboradores “que, também eles, permaneceram compreensivos e confiantes num futuro mais promissor”.